terça-feira, 5 de maio de 2015

Caminhos para Roma - Carpeaux

Caminhos para Roma, de Otto Maria Carpeaux, é um primor. Nele, o autor traça os trilhos por que andou até enamorar-se da mensagem de Cristo tal qual guardada pela tradição apostólica da Igreja Católica. É um desfile de argumentos que machucaria qualquer um que desavisadamente do livro se aproximasse.

O que mais me espanta, no entanto, é a relação que o autor faz entre a decadência da mensagem cristã - diluída pela Reforma e truncada pelo iluminismo da Franco-Maçonaria, para depois ser quase destruída pelo Socialismo -, e a queda absurda da alta cultura no Ocidente.


Trata-se certamente da razão de ser da obra, uma vez que Carpeaux não deixa dúvida: a alta cultura acabou porque a Igreja decaiu, pois só se pode falar em alta cultura quando o artista tem sobre si os eternos olhos de Deus. E não de um Deus individual, como o dos protestantes; nem de um Deus amorfo, como o dos Maçons; muito menos de um Deus inexistente, como o dos Socialistas; mas, sim, de um Deus que é aquele que é, ontem, hoje e sempre.