quarta-feira, 13 de março de 2013

Igreja, pedofilia e o politicamente correto


A Igreja hoje sofre porque alguns de seus sacerdotes cometeram crimes sexuais contra crianças. Esclareço que as relações havidas entre adultos não são criminosas, por mais pecaminosas que sejam aos olhos dos crentes. Só que a Igreja sofre mais com o politicamente correto que a impede de dizer a verdade do que com os famigerados e alardeados casos de pedofilia.

Aos fatos.

A maioria avassaladora dos crimes sexuais nos quais a Igreja se viu involuntariamente envolvida é praticada contra meninos. Como os sacerdotes que cometeram tais atrocidades também são homens, a conclusão é uma só: esses sacerdotes são homossexuais.

Por que cargas d`água, na Igreja, encontram-se tantos homossexuais?

Porque se resolveu ceder ao politicamente correto. Ora, pensou-se depois do Concílio Vaticano II, o seguinte: se o padre é celibatário, tanto faz se sua preferência sexual é pro lado de cá ou pro lado de lá, pois ele não poderá exercê-la mesmo. Então, se tanto faz como tanto fez, permaneçam todos na Igreja.

Erro. Equívoco avassalador.

Não sei qual é a razão, se a falta de contenção dos impulsos sexuais é característica ou não dos homossexuais, e sou incompetente para julgá-los, mas a verdade é uma só: desde que os seminários passaram a aceitar seminaristas homossexuais, a coisa degringolou.

O que fazer?

Alguns, como o respeitado articulista Reinaldo Azevedo, querem que a Igreja acabe com o celibato.

Espera aí só um minutinho: e o homossexual que se tornasse padre se casaria, por acaso? Ainda que se casasse, ele deixaria de ser homossexual porque casado?

Ora, com o devido respeito, tenha santa paciência!

Abro agora um parêntesis.

A Igreja Católica não é só a Igreja Católica Apostólica Romana. Há muitas outras que a compõem. A Igreja Católica é integrada por todas aquelas igrejas particulares que estão em comunhão com o Bispo de Roma, o Papa. Salvo engano, são 22 igrejas particulares.

Dentre as igrejas particulares, e me refiro especialmente às orientais, em algumas delas, como é o caso da Maronita, homem casado pode tornar-se padre.

E, de fato, não se ouvem casos de pedofilia na Igreja Maronita.

Logo, Reinaldo Azevedo teria razão.

Uma ova!

Não há casos de pedofilia no mundo oriental porque lá o homossexualismo não é tolerado como o é aqui. Simples assim. O que explica a inexistência de pedofilia nas igrejas orientais é o ambiente cultural que as envolve, e não a possibilidade que existe de alguém casado tornar-se padre.

E por que se pode afirmar isso com segurança?

Por uma razão bastante simples. Os casos de pedofilia nas escolas públicas (laicas, portanto) americanas também explodiram. Não se trata de algo que ocorre só na Igreja Católica Apostólica Romana, mas que vem maculando toda a sociedade ocidental.

Concluo daí que o problema não é o celibato, mas o seminário.

sábado, 2 de março de 2013

Dworkin, um socialista de Paris


Estou acabando de ler Justiça para ouriços, último livro de Dworkin. Trata-se de mais um socialista de Paris, definição perfeita (acho que é mais uma de Roberto Campos) para aqueles que querem melhorar o mundo, tornando-o mais igualitário, de seus apartamentos na Champs Elysees.
A visão do autor de que o Estado é o único capaz de distribuir riquezas demonstra quão fora da realidade estava.
E, para argumentar contra tal ideia, não há necessidade de refinamento teórico. Basta ser brasileiro. Existe um Estado tão caridoso, que tenha propósitos tão bons e bonitos, que queira tão bem o povo quanto o brasileiro? Duvido muito.
A Constituição é um manancial de boas intenções. E o que temos? Um Estado paquidérmico, corrompido até a medula, governado por uma classe de políticos que não seria capaz de gerir uma empresa de R$ 1,99 (parece que nossa presidente faliu a sua), mas que tem muito amor no coração (e dinheiro nos bolsos).
Na verdade, e prova disso há aos borbotões, quanto menos o Estado interfere na economia e na vida privada das pessoas, melhor ele é.
A diferença entre os socialistas de Paris e os conservadores é clara. Estes confiam nas pessoas, na capacidade que elas têm de produzir a própria felicidade; aqueles acreditam ser escolhidos para guiar o povo, que jamais conseguiria sair da miséria se não fosse graças a essa classe iluminada (é claro que isso custa um pouco, como bem demonstra nosso ex-presidentes Lula, o mais novo milionário do pedaço).
Por isso cheguei a uma conclusão. Daqui pra frente, lerei só livros de quem sabe fazer, nem que seja do Donald Trump.
Ps. Comparar Dworkin a Miguel Reale é brincadeira. Os EUA estão uma porcaria por causa de Dworkins, Obamas, Clintons e Carters. Nós somos uma porcaria porque não damos atenção aos nossos poucos Reales.