sábado, 21 de abril de 2012
OAB, Substantivos Abstratos, Passeatas e Pamonhas
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Texto de Roberto Campos
Folha de S. Paulo e O Globo, 19/04/98
O "Livre noir" me veio às mãos num momento oportuno em que, reaberto na mídia e no Congresso o debate sobre a violência de nossos "anos de chumbo" nas décadas de 60 e 70, me pusera a reler o "Brasil Nunca Mais", editado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo.
Fonte: http://home.comcast.net/~pensadoresbrasileiros/RobertoCampos/
terça-feira, 17 de abril de 2012
Mera coincidência?
Há um fenômeno que percorre o mundo ocidental. Casamento gay, aborto, cotas raciais, todas essas coisas que a elite iluminada não ousa colocar nas pautas de votação dos órgãos representativos da sociedade, devagar vêm sendo impostas à população por meio de decisões judiciais ou de atos administrativos.
Nos EUA, por exemplo, o presidente Barack Bobama quis obrigar todas as instituições de caridade que recebem auxílio estatal a realizar aborto e a distribuir a malfadada pílula do dia seguinte àquelas que as procurassem. Lá, como há homens tanto no episcopado quanto na Suprema Corte, a Igreja Católica aforou ação por meio da qual pedia fosse desobrigada de realizar atos que firam sua doutrina religiosa. E a Suprema Corte, como não poderia deixar de ser, gritou um sonoro não ao Bobama e o mandou comer capim. O que é indiscutível aí? Que Bobama tenha tentado obrigar os hospitais católicos a praticar abortos por meio de uma decisão administrativa vazada nos seguintes termos: se quer ajudar os pobres, tem de rezar pela minha cartilha abortista; caso contrário, o dinheiro para ajudá-los não aparecerá. Só não colou porque a Suprema Corte (que coisa!) respeita a Constituição americana e a liberdade religiosa que por ela é garantida.
Aqui na terra das bananeiras e dos bananas, as hipóteses legais de aborto não seriam ampliadas se o tema fosse discutido pelo Congresso Nacional. O que se fez? Aforou-se ação judicial na qual se buscou a declaração de constitucionalidade do aborto do feto anencefálico. A ação haveria de ser julgada improcedente, uma vez que o Supremo Tribunal Federal não tem competência para atuar como legislador positivo (art. 103, § 2º). No entanto, foi julgada procedente e, fiat lux, mais uma hipótese de aborto foi criada no ordenamento jurídico à revelia do povão.
E coisas assim têm se repetido em todos os cantos desse nosso mundão ocidental. Se não nos EUA, na Itália (onde tentaram tirar os crucifixos dos locais públicos). Se não no Brasil, no Uruguai. Seria mera coincidência?
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Um voto para lavar a alma!
Ontem, o Supremo Tribunal Federal vergonhosamente acrescentou, ao arrepio da vontade popular e da Constituição Federal, que expressamente veda a atuação desse mesmo Supremo Tribunal Federal como legislador (art. 103, § 2º), uma alínea ao art. 128 do Código Penal, permitindo assim o assassinato dos bebês anencefálicos, desde que não tenham saído do útero materno.
Quem assistiu aos votos deparou-se com um rosário de argumentos rasteiros, bobos e supérfluos. Aliás, a ação toda é fundada numa paspalhice sem tamanho: o pressuposto de que as mulheres não podem sofrer! As pessoas realmente, no nível de egoísmo que atingiram hoje, não querem mais sofrer. Não querem mais sofrer com filhos, saudáveis ou não. Não querem mais sofrer com os velhos pais, sempre doentes e tão incômodos às delícias que a vida pode proporcionar. Não querem mais sofrer nada, de forma alguma. Querem viver só para si próprias, como se tudo não passasse de um mar de delícias e prazeres sem fim.
Só que nunca se havia pensado que o Estado devesse agir para impedir o sofrimento que é imposto pela própria natureza, como é o caso da malformação encefálica de um bebê. Ora, se a mulher não pode sofrer aguardando um bebê com problemas graves, por que não assassinarmos logo o velhinho com Mal de Alzheimer? Por que não colocar um ponto final na vida daquele doente renal que tanto incômodo traz à família, com suas idas constantes ao hospital? Por que não atirar naquela menininha, cujos pais a levaram ao Supremo Tribunal Federal, que havia sido diagnosticada com acrania grave e que, segundo os doutores de medicina, não viveria muito?
Das premissas, devem-se retirar todas as consequências. E as consequências que se extraem da decisão do STF são nefastas, pois a partir de agora a vida pode ser classificada, catalogada e, em determinados casos, suprimida, dependendo de conceitos científicos momentâneos.
No entanto, algo bom no julgamento chamou a atenção. Foi o voto do Min. Cezar Peluso. Foi de lavar a alma, pois o Min. Peluso destriuiu todos – TODOS! – os argumentos daqueles que o precederam e, principalmente, as falácias de quem patrocinou os interesses dos abortistas, o advogado Luís Roberto Barroso.
Esta postagem não serve para criticar o Supremo Tribunal Federal, pois isso exigiria um pouquinho mais. Serve, só e simplesmente, para elogiar o Min. Peluso, a quem parabenizo efusivamente (sei que isso não vale nada, mas…).
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Ministério Público Federal: uma fábrica de besteiras.
Como se não bastasse a atual demanda por meio da qual um procuradorzinho de meia-pataca busca tirar os crucifixos dos locais públicos, recentemente outro membro do Ministério Público Federal resolveu atacar o pastor Silas Malafaia. Acusa-o porque este, ao ver o último desfile do orgulho gay, indignou-se com as ofensas dos gays aos santos católicos e declarou, diante do evidente espetáculo público de ultraje ao catolicismo, que as autoridades da Igreja Católica deveriam “meter o pau” nos líderes do movimento gay que haviam organizado tamanha ofensa.
Bom, o procurador acha que o pastor Silas Malafaia deveria responder criminalmente porque, ao que parece, não entendeu – ou finge não entender – que a expressão “meter o pau” não quer dizer socar os gays com um porrete, mas, pura e simplesmente, processá-los ou tomar qualquer medida que restabeleça as coisas nos seus devidos lugares.
Desse episódio, que redundou no processo movido contra o pastor Silas Malafaia, retiro duas conclusões que me parecem óbvias: uma tem relação com o título do post; mas outra, não.
A primeira constatação é de que o Ministério Público Federal – senão todo ele, ao menos sua parte falante – tranformou-se num reduto de perigosos intolerantes.
Intolerantes pois não conseguem conviver com o cristianismo, religião que dá fundamento ético às sociedades ocidentais; dentre as quais o Brasil está incluído, por óbvio. E perigosos porque, sabe-se lá por qual razão, esses servidores públicos arrogam-se a si a qualidade de construtores do bem comum. Só que têm poderes para infernizar a vida das pessoas que não compactuam com suas idéias de belo e justo.
A outra conclusão diz respeito à covardia dos Bispos da Igreja Católica brasileira. Mas o que é isso? Onde estão nossos Bispos? O que estão fazendo em defesa da Igreja? Eu, que sou católico, sinto vergonha de ver um pastor protestante defender minha fé e ser processado por isso, enquanto Dom Raymundo Damasceno convida a Sra. Marta Suplicy para uma conversinha amistosa sobre o projeto de lei que tem a intenção clara e manifesta de manietar a pregação cristã.
Vergonha é o que sinto pela covardia do clero católico, que até hoje não se dignou a defender a Igreja Católica dos ataques por que vem passando.
E o que escrevi acima não retira os méritos do pastor Silas Malafaia, de quem discordo em questões essenciais, mas a quem agradeço sinceramente pela defesa da minha fé.