domingo, 18 de março de 2012

Uma carta diabólica

 

Eis um texto que escrevi em 2010. Achei-o atual.

 

Na carta que assina hoje, dia 15 de outubro de 2010, Dilma Rousseff pensa ter dito o que os religiosos (maioria absoluta do povo brasileiro) gostariam de ouvir.

Trata-se de carta feita no melhor estilo petista: o diabólico. De fato, o diabo sempre usa linguagem que gera margem à dubiedade, à confusão, ao baralhamento dos sentidos, para que possa ser usada depois de acordo com seu bel-talã. E confunde mesmo só aqueles que querem ser confundidos.

Note-se o seguinte trecho da carta de Dilma: “Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto”.

Ora, Dilma estaria falando a verdade agora, ou quando disse, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo em 2007, que era um “absurdo que não haja a descriminalização do aborto no Brasil”?

O diabo é o pai da mentira. Talvez Dilma, além de ser a mãe do PAC, também seja mãe de algo mais.

Suponha que a candidata Dilma tenha mudado sua posição sobre o tema. Isso garante que a legislação sobre o aborto não será alterada?

Em primeiro lugar, a candidata Dilma pertence a um partido que luta há mais de vinte anos pela descriminação do aborto, e que recentemente expulsou dois de seus membros porque se negaram a encampar tal resolução do Partido dos Trabalhadores (para quem quiser e tiver paciência, dê uma olhada na página 82 das resoluções do Terceiro Congresso do PT).

Se qualquer alteração for aprovada nas leis que tipificam o aborto como crime, o que dirá nossa então futura presidenta, caso eleita?

Dirá simplesmente que ela é pessoalmente contra, mas que o Congresso Nacional aprovou as alterações, pelas quais seu partido tanto lutou, e que há de respeitar a vontade do povo etc. e tal.

Trata-se de um embuste, portanto.

A candidata Dilma afirma mais. Apregoa que, se eleita, não proporá qualquer alteração nas leis que criminalizam o aborto.

Ora, isso é coisa de quem sabe o que diz.

Não será preciso que ela tome a iniciativa de propor qualquer alteração nas leis, pois essa iniciativa já foi tomada há muito, e diversas vezes. Como exemplo, tem-se do projeto de lei 1.135/91, de autoria de uma deputada do Partido Comunista do Brasil – o qual, não por acaso, está ao lado de Dilma.

Se aprovada qualquer mudança, Dilma dirá que a proposta não partiu dela, mas que foram os deputados etc. e tal.

Ademais, Dilma afirma agora que, se eleita, não proporá qualquer iniciativa que afronte a família.

Mais um golpe.

Em verdade, o conceito de família petista abrange inclusive duas pessoas do mesmo sexo que convivam juntas.

Logo, basta tornar elástico o conceito de família para que nele caiba qualquer coisa, até os relacionamentos entre homossexuais.

Assim, se vier a ser alterada qualquer coisa nas leis para permitir que homossexuais adotem crianças, o que dirá Dilma?

Que a lei é aprovada para o benefício da família moderna, que não mais é aquela formada por pai, mãe e filhos.

Ou seja: Dilma não descumprirá sua carta, mas dará andamento aos planos maléficos do PT do mesmo jeito, porque seus propósitos não são sinceros.

E para saber que não são sinceros, basta seguir a recomendação de Jesus: verificar se o sim é sim, e se o não é não.

Não há espaço para o morno, para o mais ou menos, para o disse-me-disse, porque é aí que mora o pai da mentira.

O que interessa destacar, também, é o que Dilma não disse na carta.

Ela não afirmou que barrará qualquer alteração na legislação do aborto e da família, coisa que poderia fazer simplesmente vetando tais projetos de lei, ou, se seu veto fosse derrubado pelo Congresso, aforando ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

Se não disse, é porque não fará.

E não fará porque concorda.

Por fim, concluo que cairá na conversa fiada da candidata Dilma quem quiser. A verdade está na cara, e nas resoluções do PT e no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNHD3); no qual Dilma conseguiu colocar o aborto como um direito humano! Não do feto, evidentemente.

Lembre-se: o diabo é o pai da mentira. Talvez em breve conheçamos a mãe.

As regras do jogo democrático

Imagine um jogo de futebol jogado da seguinte maneira: para um dos times, impõem-se todas as velhas e conhecidas regras do esporte bretão; para o outro, tudo é permitido, pois os jogadores de linha inclusive estão autorizados a pegar a bola com as mãos e a cometer qualquer tipo de deslealdade contra os pobres adversários, por mais atroz que seja.

É evidente que o time que desrespeita as regras leva vantagens infinitas sobre o time adversário, do qual se cobra e exige o cumprimento das leis que regem o futebol.

Não é difícil vislumbrar o placar: Time Desleal 10 x 0 Time Leal.

Só para ilustrar o raciocínio, lembre o gol de mão feito por Maradona em partida disputada contra a Inglaterra, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. Se não fosse o gol irregular, o placar da partida seria outro, e talvez nossos hermanos não ganhassem o título.

Isso é mais ou menos o que ocorre nos regimes democráticos quando se autoriza que uma das partes que postula o poder viole as leis e, ao mesmo tempo, se impede que a outra parte também o faça, impondo a esta o cumprimento de todas as normas que integram nosso complexo ordenamento jurídico.

Trata-se aqui de fenômeno conhecido pelos militares, em contexto semelhante ao encontrado na Guerra do Vietnã, como guerra assimétrica: a uma das partes, todas as leis; à outra, nenhuma lei.

A conclusão é meridianamente clara: aquela parte que não respeita as leis vencerá a disputa. Ganhará ilegalmente; mas ganhará. Não só vencerá as eleições como bradará que o fez com o voto do povo.

Resta indagar, diante de tal quadro: o voto do povo, arrancado mediante fraude à lei (frau legis), é o último veredito que se pode impor ao pleito vencido ilegalmente? Noutro versar: o voto do povo é tribunal?

A resposta à indagação acima feita é desenganadamente negativa, porque o voto conseguido irregularmente não representa a vontade popular – a qual muitas e muitas vezes há de ser protegida de seus próprios arroubos, por meio dos quais o povo levou ao poder de diferentes países crápulas tão semelhantes como Stálin, Hitler e Mao Tsé-Tung.

Agora, e aqui está o problema, a quem competiria declarar que a vitória, posto que vitória, não foi alcançada legalmente e merece ser anulada, portanto?

Essa incumbência, no futebol, é do árbitro, nome que aquele homenzinho que antigamente se vestia de preto e corria em campo sempre com o apito na boca pegou emprestado dos romanos (arbiter). E nos regimes democráticos é daqueles outros homens que se vestem de preto e também tomaram emprestado o nome dos romanos, os Juízes (judex).

Dentro desse contexto, percebe-se que, para que a democracia seja violada, é necessário não só que uma das partes que disputa o poder desrespeite as leis; mas, além disso, é preciso que o Poder Judiciário aceite tais violações às leis como se de violações não se tratasse, para o fim de conceder àquela parte bafejada pelo sopro da irresponsabilidade a vitória que ela não mereceria, caso jogasse de acordo com as regras previamente fixadas.

E aqui está a esperança que todos os cidadão depositam no Poder Judiciário, último refúgio da cidadania, composto em sua grande parte por pessoas honradas, que há de zelar para que o jogo seja jogado, por todos os que dele participam, de acordo com as regras anteriormente estabelecidas pelas leis democraticamente confeccionadas; ainda que isso contrarie a vontade roubada do povo mediante artifícios urdidos com a trama do dinheiro ilícito, do poder conseguido imerecidamente e das violações às mais comezinhas regras éticas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

CPI: a verdade sobre o aborto

CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!
qua, 14/03/2012 | Categoria: Notícias | Autor: Dom Luiz Bergonzini

Os 82% ou 71% do povo brasileiro contra a liberação do aborto precisam saber toda a VERDADE e merecem respeito. Os Parlamentos brasileiros não podem mais se omitir! Não dá mais para esconder os financiamentos internacionais e interesses assassinos e escusos por trás da campanha a favor do aborto. Precisamos de “comissões da verdade” para DAR VIDA às pessoas e NÃO MORTE. O Senado e a Câmara Federal podem criar CPIs. As Assembleias Legislativas estaduais e as Câmaras Municipais também podem criar CPIs para investigar entidades abortistas sediadas em seus estados e municípios.


CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!
Há várias justificativas para iniciar a CPI DO ABORTO e mostrar a verdadeira face oculta da cultura da morte, da campanha pelo aborto livre.


Maternicídio
Os abortistas usam número mentirosos para assustar o povo e enganar os parlamentares. Já falaram em três milhões, um milhão e, agora, falam em 200 mil mortes maternas por ano. Por esses números teríamos um “maternicídio”. Os abortistas usam o número de curetagens em abortos espontâneos realizados pelo SUS (cerca de 180 mil/ano) para dizer que são abortos clandestinos ou mortes maternas de mulheres negras ou pobres. Verdade: o Ministério da Saúde informou: no primeiro semestre de 2011, foram 705 mortes maternas. Se o número for repetido no segundo semestre, serão 1.410 mortes maternas no ano. Infinitamente menor que 200 mil, um milhão, três milhões! Um genocídio de bebês não salvará a vida de nenhuma gestante. Precisamos dar condições alimentares e de saúde para salvar a vida dessas 1.410 gestantes.


Falta de Saúde Pública
As mortes maternas acontecem por falta de saúde pública adequada. Em BH, 95,5% das mortes maternas foram causadas por falha no atendimento de saúde, em 2010. Em Brasília, uma gestante ficou com o feto morto em seu útero por oito dias e outra recebeu o feto num vidro. Gestantes ficam abandonadas pelos corredores hospitalares em várias partes do país. A presidente Dilma Rousseff cortou a verba da saúde em mais de 5 bilhões de reais neste ano. As mortes das mulheres pobres, sem atendimento ou nas portas dos hospitais, é um problema de falta de saúde pública. É uma lástima a omissão dos governantes e dos parlamentos com futuro dos brasileirinhos e brasileirinhas. Pergunta-se: impedir que nasçam, matá-los no útero de suas mães será melhor para o Brasil?


Nazismo, preconceito e discriminação
Os abortistas dizem que as mulheres ricas, de todas as cores de peles, têm dinheiro para pagar seus abortos, por isso matariam seus filhos com mais tranqüilidade. Dizem que as mulheres pobres ou negras (usam a cor para vincular suas propostas ao racismo) morrem porque não têm dinheiro para pagar os abortos. As propostas dos abortistas são todas no sentido de assassinar os filhos das mulheres pobres. Os abortistas são adeptos de Hitler, querem criar uma raça brasileira pura, sem filhos de famílias pobres. O Estado é obrigado a dar “assistência aos desamparados” (art. 6º.CF) e saúde para as mulheres pobres, de qualquer cor, para que seus filhos sejam saudáveis. Pergunta-se: um país verdadeiramente rico é um país que mata os filhos dos pobres?


Capitalismo bilionários internacionais
O noticiário informa sobre o financiamento de ONGs e pessoas dedicadas à causa abortista por capitalistas internacionais bilionários - Fundação Ford – Warren Buffet. Nos EUA abortistas desviaram dinheiro destinado à cura de câncer para praticar abortos. É preciso descobrir como (se legalmente) e quem envia, quem recebe e proibir esse tipo de atividade destinada à matança dos brasileiros. É preciso confiscar esse dinheiro e destiná-lo à saúde. Pergunta-se: podemos deixar dinheiro internactional matar brasileirinhos e brasileirinhas?


Proteção à maternidade
A Constituição Federal diz, em seu artigo 6º., que são direitos sociais “…a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados…”. A gestação se inicia com a fecundação do óvulo. Portanto, é obrigação do Estado dar proteção à gestante e não propor o assassinato de seu filho. Nunca uma mulher precisou de atestado de psicólogo para declarar se ela estava em “condições psicológicas” para dar à luz e manter uma criança. Será que a mulher precisará de autorização do psicólogo para ter filhos ? A maternidade é um dom natural. O Estado, representado pela presidente, os governadores, os prefeitos e os parlamentos têm obrigação de dar proteção à maternidade e dar assistência às gestantes desamparadas (art. 6º.CF), através de um subsídio mensal, pago diretamente a elas, para terem seus filhos com saúde.


Aborto e estupro são crimes hediondos
Em nosso requerimento ao Ministério Público de Guarulhos, demonstramos que o aborto e o estupro são crimes hediondos. No aborto, a vítima, inocente e indefesa, é assassinada por meios cruéis. A alteração do Código Penal pode acontecer, mas para suprimir todas as possibilidades de aborto e garantir vida aos nascituros. O exemplo da deputada federal Fátima Pelaes (vídeo aqui) mostra que não podemos tirar a vida de ninguém. Para os casos de estupro, os governos e os parlamentos podem criar um subsídio financeiro para a mãe, até o nascimento do bebê, e simplificar a adoção, para reduzir o tempo de espera dos adotantes e evitar disputas judiciais entre a mãe adotiva e a mãe biológica.


Direito do nascituro/anencéfalo
O ex-ministro do STF, Eros Grau, sem nenhuma paixão religiosa, demonstra o direito do nascituro, inclusive o anencéfalo, no artigo “Pequena nota sobre o direito a viver”.


Pacto de San Jose da Costa Rica
A Convenção Americana de Direitos Humanos foi promulgada pelo Brasil através do decreto nº. 678/92. O art. 4º prevê o direito à vida e é bastante claro: “1. Toda pessoa tem direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.” Nos termos do art. 44, da Convenção, se aprovada a liberação do aborto, os organismos de defesa da vida poderão denunciar o Governo Brasileiro junto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sediada em Washington, Estados Unidos da América.


Genocídio
A antiga “Convenção Para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio”, promulgada pelo Decreto Presidencial n. 30.822, de 06.05.1952, renovada pelo Estatuto de Roma, promulgado pelo Decreto Presidencial nº. 4.388, de 25.09.2002, prevê, no seu art. 6o , o crime de Genocídio: “Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por ‘genocídio’, qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal: d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo”. A elaboração de leis que possibilitem o assassinato em massa de filhos de mulheres pobres tem a conotação de impedir nascimentos no seio desse grupo nacional (pobres), podendo levar a denúncias no Tribunal Penal Internacional.

Quem pratica o mal maior, pode praticar todos os outros. O assassinato é o crime maior, pois tira a vida, o maior bem de uma pessoa. A vida é uma dádiva de Deus. Precisamos acabar com a cultura da morte, para reduzir a violência e gerar a paz. Aqueles que propõem a morte dos filhos dos outros ou matam seus próprios filhos perdem os parâmetros morais e podem praticar qualquer outro crime, sem nenhum peso na consciência.


Convocação
Convoco as crianças, os jovens, os adultos, os idosos, os cristãos, de todas as denominações, os não-cristãos, todos defensores da vida para, no dia 21.03.2012, comparecerem na concentração, a partir das 11:00 horas, na escadaria da Catedral da Sé, em São Paulo, para, em seguida, a partir das 12:30 h, participarem da Manifestação – CPI da Verdade sobre o aborto, já!, em frente ao forum João Mendes, na Praça João Mendes, Centro de São Paulo.


Jesus Cristo nos disse:

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10) “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (Jo 14,6)

O povo precisa da verdade e da vida!
O Beato João Paulo II nos disse:

Não tenhais medo! Não tenhamos medo!

Dom Luiz Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
www.domluizbergonzini.com.br

domingo, 11 de março de 2012

Aborto

Mais uma vez o governo do PT tentará autorizar o aborto no Brasil. Agora por meio da comissão de juristas incumbida de reformar o Código Penal. Querem legalizar o aborto levado a termo até a décima segunda semana de gestação, desde que um médico o autorize com suporte na alegação de que a mãe não tem condições psicológicas de cuidar do bebê.
Não é a primeira e não será a última tentativa. Caso o projeto não seja aprovado agora, novas batalhas já se descortinam no horizonte.
No entanto, não me interessa quantas batalhas existirão; mas quem irá participar delas (e de que lado).
Onde está a CNBB? Onde está Dom Raymundo Damasceno, o amiguinho da Marta Suplicy? Onde estão os padres de passeata?
É uma vergonha para os católicos, mas o cristianismo haverá de ser defendido pelos protestantes, porque a Igreja Católica brasileira nada fará (com exceção de alguns verdadeiros Bispos, como é o caso de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini).
Rezemos para que a Virgem Maria ilumine a bancada evangélica.